sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Salvos pela Graça Ef 2:8-10.

Quando uma pessoa demonstra generosidade

fora do normal, costumamos

dizer que ela está “em período de graça”.

Associamos a esse “período de graça” atos

generosos não justificados por mérito da parte

beneficiada.

Podemos encontrar a palavra GRAÇA mencionada na Bíblia

por cerca de 202 vezes sendo que 145 vezes está

mencionada no Novo Testamento, é uma das palavras chaves da Bíblia.

Em hebraico, a palavra envolvia a idéia de curvar-se
ou inclinar-se . Por fim, passou a incluir a idéia
de “favor condescendente”, ou demonstrar favor
a alguém quando não se esperava isto.
Pensemos num rei que rompe com o protocolo
oficial para fazer algo bondoso a um servo,
movido pela generosidade do seu coração.
Sempre que a Bíblia menciona a graça de
Deus para com o homem, ela enfatiza a natureza
não merecedora da ação. Deus revela bondade
para conosco simplesmente por amor e preocupação
da Sua parte, e não porque de alguma
forma merecemos o que Ele nos dá. Graça é algo
que Deus quis oferecer gratuitamente, não é
algo que Ele é obrigado a nos dar.
É bem verdade que não há registros bíblico de
Jesus usando especificamente a palavra graça”
Todavia, Suas ações indicam que Ele conhecia
perfeitamente o significado da graça. Graça era
algo que fluía livremente de Jesus. Ela fluiu no
casamento em Caná da Galiléia (Jo 2:1 ao 12),
junto a fonte de Jacó com a mulher Samaritana (Jo 4:6 ao 30),
Jesus mostrou graça para com Zaqueu, o coletor de impostos (Lc 19:1),
para com a mulher cananéia (Mc 7:24) e para com a mulher
pega no ato do adultério (Jo 8:1).
Houve graça em abundância de modo especial e incomparável
na cruz. Ao lermos as Escrituras, vemos no
Gólgota um criminoso desesperado clamando por graça:
“Jesus, lembra-te de mim quando entrares no teu
reino” (Lucas 23:42). Esse ladrão sabia pouco
sobre Jesus, exceto o que era mais importante. Ele
entendia sua própria situação de desespero e de perdição.
Reconhecia que Jesus era aquele que tinha o passaporte
para nova vida na Eternidade , ele não poderia perder, no que seria sua
última oportunidade.

Certo escritor tentou captar esse momento
entre o ladrão e Jesus nas seguintes palavras:
Diga-me o que esse homem fez para merecer
ajuda? Ele havia desperdiçado sua vida. Quem
era ele para implorar perdão? Ele zombou de
Jesus publicamente. Que direito ele tinha de
fazer essa súplica?
Você quer realmente saber? O mesmo
direito que você tem de fazer as suas suplicas.
Entenda, aquele homem representa você e
eu na cruz. Nu, abandonado, desesperado. 
 Aquele homem representa cada um de nós. A pergunta
dele é a nossa: “Apesar do que eu fiz, apesar
do que o senhor vê, existe alguma maneira do
senhor se lembrar de mim quando voltarmos
para casa?”

Não há motivo para nos vangloriarmos…
É mais do que merecemos. Mas estamos
desesperados, por isso suplicamos.
É a salvação pela graça que ocupa o lugar
central no que Paulo escreveu em (Ef 2:8–10):

Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e

isto não vem de vós; é dom de Deus; não de

obras, para que ninguém se glorie. Pois somos

feitura dele, criados em Cristo Jesus para boas

obras, as quais Deus de antemão preparou para

que andássemos nelas.
Vejamos algumas verdades básicas encontradas no texto
de Ef 2:8 ao 10:



Primeira: NOSSA SALVAÇÃO EXALTA A

GRANDEZA DA GRAÇA DE DEUS

Leiamos o versículo 8: “Porque pela graça

sois salvos, mediante a fé”, e observemos tês

palavras chaves. A primeira é o substantivo

“graça” (gr.: charis). Graça é Deus fazendo o bem

para quem não o merece. Nada em nós nos faz

merecer a salvação. O que somos e o que fazemos

jamais colocaria Deus na posição de nos dever,

de alguma forma, a vida eterna com Ele. Nenhum

ato bom, nenhuma cerimônia religiosa, nenhum

sacrifício, nenhuma contribuição monetária,

nenhuma soma de serviços prestados no nome

do Senhor poderia predispor Deus a nos salvar.

O pensamento mais incrível que poderíamos
conceber é este: Deus nos ama, procura nos salvar
pela sua graça e deseja nos dar vida eterna com Ele
nos céus, ainda que tenhamos pecado contra Ele.
Nada pode exceder a maravilhosa graça de Deus! Aleluias!!!



A segunda palavra chave do versículo 8 é


“salvos” (gr.: sozo). O verbo está na voz passiva,
enfatizando o que foi feito para nós. Nós não nos
salvamos. Deus nos salva. Deus age em nosso
benefício. Nossa salvação é prova da ação de
Deus em nossas vidas.
Originalmente, a palavra “salvo” sugeria o
senso de “ser resgatado, liberto”. A graça de
Deus nos resgatou. No contexto do capítulo 2,
podemos ver o que isto envolvia. Antes da graça
de Deus fluir para dentro de nossas vidas,
estávamos mortos (" E vos vivificou, estando vós mortos
em vossas ofensas e pecados... pela graça sois salvos") (2:1-5),
sob o domínio do diabo (2:2), e condenados como pecadores que enfrentam o
juízo de Deus (2:3).
A graça de Deus nos libertou, nos transportou
da morte para a vida. A graça de Deus nos
libertou do domínio do diabo, nos resgatou de
ter de enfrentar a Deus no juízo como pecadores
condenados. Pela graça, fomos salvos.



A terceira palavra chave do versículo 8 é “fé”


(gr.: pistis). A salvação que vem a nós pela graça
se efetua pelo canal da nossa fé. Precisamos ter fé
para receber a divina e bondosa oferta de
salvação. Deus espera que, num ato, confiemos
nas palavras e promessas dEle, mas nossa fé
ativa não pode, de modo algum, ser vista como
um meio de nos tornar merecedores da salvação.
Vale então aqui uma pergunta:
A graça de Deus o estimula a rever o valor e
o propósito das boas obras? Boas obras não nos
tornam merecedores de nada. Elas simplesmente
fornecem uma bela maneira de dizermos a Deus,
por causa de toda a Sua graça: “Obrigado,
Senhor”.

Ev. Anderson Araújo.
Bibliografia

the Unconditional Love of God ( Aceitando o Amor Incondicional de Deus”). Sisters
Multnomah Books, 1990, pp. 105–6 
 Max Lucado, He Still Moves Stones (“Ele Ainda remove Pedras”). Dallas: Word Publishing, 1993, p. 196.
                         Bíblia de Estudo Pentecostal.

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