domingo, 31 de janeiro de 2010

Conhecendo a Capital da Síria.



Damasco é a cidade habitada mais antiga do mundo e capital da Síria. Localizada a nordeste do Lago da Galiléia é possuidora de uma história contínua, a qual começa na época de Uz (Neto de Noé), e chega aos dias atuais. Durante esses longos séculos, Damasco sempre foi considerada a cidade mais importante da Síria, e a metrópole dos povos do deserto. Sua longa existência se deve ao fato de estar localizada em uma planície de 24.000 hectares, que é um dos oásis mais férteis do mundo. A cidade e a planície circundante devem sua vida e sua prosperidade aos rios Farfar e Abana. O Abana é conhecido atualmente como Barada, bifurca-se em forma de Leque em sete tranquilos braços, que por sua vez se subdividem em muitos riachos, os quais abastecem os lares e jardins, os hortos e as vinhas de umas quatrocentas mil pessoas de Damasco e seus arredores. Esses riachos em seguida submergem nas areias do deserto a uns 29 quilômetros na direção leste. O rio Farfar, hoje conhecido como rio Ava, nasce nas colinas ao pé do monte Hermon, e flui por uns 11 quilômetros até ao sul de Damasco, onde rega o campo de hortos circundantes.

Nesta cidade as ruínas de muros e portas são muito antigas, alguns dos muros datam da época romana. Em dois lugares distintos é apontada uma janela enladrilhada como aquela da qual Paulo foi descido num grande cesto (2 Co 11.33). Todavia isso somente serve para ilustrar a história, pois a obra de alvenaria que aparece imediatamente ao redor das janelas dificilmente data da época romana.

A RUA CHAMADA DIREITA

A rua chamada Direita começa na porta oriental e corre em direção ao oeste até atingir a centro da cidade. A casa de Ananias, conforme pode ser vista hoje, é uma capela baixa, semelhante a uma caverna, a cinco metros abaixo do nível da rua. Esta possivelmente podia ser a localização correta da casa, mas a rua direita estava então em um nível mais baixo, conforme demonstra a descoberta das ruínas de uma rua. A rua atual já não é o amplo passeio público de 1 quilômetro e meio de cumprimento e quase 30 metros de largura, ao longo do qual “rangiam os carros de guerra romanos”. Todavia, é bastante reta e em seu extremo ocidental tem uns bazares telhados, os quis apresentam uma cena admirável e variada de um comércio bastante animado, tão genuinamente oriental como poderia ser encontrado em qualquer cidade de qualquer parte do mundo.

DAMASCO DOS TEMPOS BÍBLICOS

Na época do rei Davi, a Síria era um poderoso estado, cuja capital era Damasco. Davi derrotou os sírios e colocou suas tropas em Damasco (2 Sm 8.5-6). Durante o reinado de Salomão, no entanto Deus permitiu que Rezon (1 Rs 11.23-25), inimigo de Salomão, tomasse a Síria do controle de Israel por causa dos pecados de Salomão. Rezon fundou uma poderosa dinastia com sede em Damasco que durou mais de 200 anos.

Logo após a morte do rei Salomão, o rei de Damasco firmou um pacto com outros estados arameus, que resultou em muitos conflitos entre Israel e Damasco. No primeiro conflito, Ben-Hadade, de Damasco, derrotou o rei Baasa de Israel (1 Rs 15.16-20; 2 Cr 16.1-4), mais tarde Deus libertou das forças militares sírias o rei Acabe e o pequeno exército de Israel (2 Rs 2.1-30). Ainda assim o rei Acabe fez pacto com Ben-Hadade II, contrariando a vontade de Deus (1 Rs 20.31-43), Acabe foi morto poucos anos depois em guerra contra a Síria (1 Rs 22.29-38).

Um dos momentos mais maravilhosos da relação entre Israel e Damasco foi quando Deus mandou o profeta Elias ungir Hazael como rei de Damasco (1 Rs 19.15). Nessa época o rei Jorão de Israel, foi bem sucedido na oposição a Hazael por algum tempo, mas a posição acabou invertendo-se. Tanto Israel quanto Judá foram vítimas do exército de Hazael (2 Rs 13.4-5; 13.3-22).

Muito tempo depois Deus enviou Rezim, rei da Síria, e Peca, rei de Israel, contra o rei Acaz de Judá (2 Rs 16.1-6). Acaz pediu ajuda a Tiglate-Pileser rei do novo e poderoso Império Assírio (2 Rs 16.7). O rei assírio reagiu conquistando a Síria, matando Rezim e, dessa forma acabando com a dinastia dos arameus e destruindo Damasco, isto em 732 a.C.

Após a conquista de Tiglate-Pileser, Damasco foi por cinco séculos residência dos reis assírios e persas. Ao final do Império Persa, Damasco foi conquistada por Alexandre, o Grande, que a transformou em capital provincial. Em 64 a.C., os romanos invadiram a Síria, fazendo dela uma província que tinha Damasco como sede de governo.

As referências a Damasco no Novo Testamento são associadas à conversão do apóstolo Paulo.

DAMASCO ATUAL

A cidade de Damasco continua sendo uma grande cidade comercial, cheia de mercados ao ar livre; mas as tradições culturais são muçulmanas. Sua mais notável construção é a Grande Mesquita, construída no século VIII d.C.

A Grande Mesquita, que quanto ao caráter sagrado só pode ser superada pelas mesquitas de Meca, Medina e Jerusalém. É o edifício mais antigo e venerado de Damasco. Representa três períodos da história, e as três religiões que a possuíram: o paganismo, o cristianismo e o islamismo. Os maciços alicerces e as colunas exteriores pertencem a um templo grego ou romano. Na opinião de alguns historiadores, é provável que este lugar seja o lugar do templo de Rimom (Hadad), onde Naamã depositou “uma carga de terra que duas mulas possam transportar” e ergueu seu próprio altar (2 Rs 5.17-18). Mais tarde Acaz viu o altar deste templo e fez com que o reproduzissem em Jerusalém (2 Rs 16.10-13). Quando os romanos assumiram o domínio da cidade, o templo foi dedicado a Júpiter. Depois que Constantino converteu-se ao cristianismo no século IV, o templo foi reconstruído e transformado em uma imensa igreja que Teodósio dedicou a João Batista. Quando os muçulmanos capturaram Damasco em 634 d.C., a edificação foi remodelada e convertida em uma suntuosa mesquita. O edifício sofreu três incêndios, sendo porém restaurado em todas as três ocasiões.

Em sua condição atual, a Grande Mesquita consiste de uma estrutura quadrangular de 146 por 90 metros, rodeada de excelentes muros de alvenaria, e coroada de uma esplendida cúpula, três torres elevadas e uma multidão de minaretes (torres pequenas). Um desses minaretes é conhecido como “o minarete de Jesus”, porque, segundo a tradição islâmica, “Jesus aparecerá no alto desse minarete no dia do grande juízo final”.

No lado sul da mesquita, na viga superior de uma pouco usada mas esplêndida porta, há uma inscrição em grego que diz:



TEU REINO, Ó CRISTO, É UM REINO ETERNO.


Por Ev. Anderson Araújo.


Fonte: Bíblia Thompson – Suplemento Arqueológico – Editora Vida
Dicionário Bíblico – Editora Didática Paulista.


Santo Vivo/Estudos.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

1º CULTO GERAL DA UMADEC DE 2010.



ATENÇÃO: O 1º CULTO DA UMADEC DO MÊS DE JANEIRO DE 2010, SERÁ REALIZADO EXCEPCIONALMENTE NA IGREJA ASSEMBLÉIA DE DEUS MINISTÉRIO DE CUBATÃO (CONGREGAÇÃO DE VILA SÃO JOSÉ, SETOR 2), POIS A NOSSA IGREJA SEDE ESTÁ EM REFORMA E POR ESSA OCASIÃO ESTAREMOS LOUVANDO E ADORANDO A DEUS NESTE PRÓXIMO SÁBADO DIA 23/01/2010 A PARTIR DAS 19:00HS EM VILA SÃO JOSÉ SITUADA A RUA BANDEIRANTES Nº 151, PRÓXIMO AO PAMUS , VOCÊ É NOSSO CONVIDADO ESPECIAL.


QUE O ETERNO CONTINUE ABENÇOANDO A TODOS...

"JOVENS, VÓS SOIS FORTES, PORQUE A PALAVRA DE DEUS ESTÁ EM VÓS, E JÁ VENCESTES O MALIGNO". I JO 2:14.

EV. ANDERSON ARAÚJO. (LÍDER GERAL DA UMADEC).



quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

RESTAURANDO VALORES PERDIDOS

"Queridos leitores (as) deste blog, esta postagem foi retirada do Importantíssimo blog (Point Rhema), moderado pelo meu pastor e amigo Pr. Carlos Roberto que teve uma profunda revelação de Deus sobre o assunto abaixo compilado, portanto os direitos são reservados ao Pr. Carlos Roberto". Que o Eterno continue abençoando este ministério.


O ser humano tem grande tendência para sofrer desgastes em todos os sentidos.
Sentimos o peso da rotina, da mesmice e, sem perceber, vamos perdendo valores importantíssimos, e o pior de tudo é que, nos acostumamos a viver sem esses.Isto tem a ver com a família, profissão, vida espiritual e mesmo com o ministério que o Senhor tem dado a cada um.Nas cartas enviadas pelo Senhor Jesus às Igrejas da Ásia, o Pastor de Éfeso foi cobrado enfaticamente pelo desgaste sofrido. O Senhor reconheceu sua obra, seu zelo pela doutrina, sua dedicação apologética, no entanto, não perdoou a perda da caridade.Fica claro no texto de Apocalipse 2 que, não mais fazia as coisas com voluntariedade, amor e devoção. Possivelmente estava robotizado, fazia tudo, mas não mais da mesma maneira primitiva. Aparentemente tudo estava normal, mas Deus conhecedor de todas as coisas sabia do desgaste e da crise interior.O conselho do Senhor foi implacável.
Volta ao primeiro amor, senão, tirarei o teu castiçal, ou seja a tua autoridade espiritual, a liderança da própria Igreja e darei a outro.Vejamos que o Senhor reconheceu toda a obra realizada, mas não abriu mão da caridade.
Cobrou excelência de qualidade.
As boas obras não foram suficientes para superar a falta de caridade, ou seja, a ausência do importantíssimo valor perdido no meio do caminho. Há momentos nos quais é preciso reconhecermos que perdemos valores, neste caso é preciso voltar atrás para recuperarmos o que se perdeu.O Evangelho de Lucas no capitulo 15, fala de algumas coisas perdidas que me parece ser um verdadeiro exemplo para reconquista de valores.
Em primeiro lugar a ovelha perdida:
A ovelha representava apenas 1% de um rebanho de 100, mas o pastor não se conformou, foi atrás. Deixou 99% no redil e foi atrás de apenas 1%.A inocente ovelha que se perdeu, representa a inocência perdida, e muitos ainda julgam essa perca um grande negócio. É preciso ir atrás. Ainda que não pareça um valor de tanta importância, muitos já não adoram o Senhor da mesma forma, não atentam às mensagens pregadas como antes, não contribuem com a mesma voluntariedade, não oram como antes, e isto por causa da inocência perdida.
Neste caso, é melhor que deixemos de lado tudo o que adquirimos e saiamos em busca da inocência que se perdeu, caso contrário poderemos colocar tudo a perder com estava em risco o Pastor da Igreja de Éfeso.
Em segundo lugar a dracma perdida:
A dracma era uma moeda. Refere-se diretamente a valores.Chama-me atenção que, a ovelha inocentemente se perdeu, mas a moeda foi perdida pela proprietária e dentro da própria casa.É importante notar que tanto o pastor quanto a mulher foram atrás dos valores perdidos.
É exatamente o que temos de fazer. Muitos ficam a esperar que os valores voltem sozinhos, que o Espírito Santo toque no coração. Alguns até pedem oração, porém, no exemplo desta passagem bíblica, aqueles que perderam valores é que foram atrás deles.Relembrando o Pastor da Igreja de Éfeso, o conselho de Jesus foi voltar atrás e recuperar as primeiras obras.A mulher acendeu a candeia e até varreu a casa.A candeia representa a luz, a Palavra de Deus.Diz o salmista: “Lâmpada para os meus pés é a tua Palavra e Luz para o meu caminho” Salmo s119.115.
É necessário voltarmos à Palavra de Deus para que possamos restaurar valores em nossas vidas. A luz ajuda também a revelar maus hábitos adquiridos ao longo do caminho, ou seja, valores negativos, dos quais precisamos nos livrar. A sós, ou seja, sem o amparo da Palavra é muito difícil chegarmos a algum resultado satisfatório. Quando chega a luz, automaticamente vem à tona tudo o que precisa ser varrido e banido de nossas vidas e ministério. Na busca pela moeda perdida, a mulher precisou até varrer a casa. Varrer a casa significa abrir mão de sujeira, tirar o que não serve e, livrarmo-nos de manias adquiridas pela não observância da Palavra de Deus.
Em terceiro lugar o filho perdido:
O filho pródigo foi o caso mais complicado, pois este não foi perdido, decidiu-se perder por conta própria. Ainda que percentualmente foi a maior perca, pois representava 50%, o pai não pode ir atrás, precisava respeitar o livre arbítrio do filho. O bom dessa história é que, o filho pródigo agiu com Inteligência. Quando viu que ficou no prejuízo, decidiu voltar, pedir perdão ao pai e recuperar os valores que ele mesmo tinha jogado fora.Muitos até sentem os efeitos do prejuízo, mas não têm coragem de assumir que erraram, que perderam valores no meio da jornada, e prosseguem assim mesmo, literalmente como diz o ditado popular: “empurrando com a barriga”, numa irresponsável atitude de “deixar como está, para ver como é que fica”, o que é profundamente lamentável.
Há uma festa preparada:
O pastor fez uma festa para comemorar a recuperação da ovelha. A dona de casa também fez uma festa para comemorar o aparecimento da dracma. O pai fez uma festa para comemorar a volta do filho pródigo.
Há uma festa espiritual preparada para aqueles que se propuserem restaurar os valores perdidos.Neste capítulo de Lucas 15, o único que não participou da festa, foi o filho mais velho. Considerava-se o mais certo, trabalhador, obediente, cumpridor dos seus deveres, no entanto, a exemplo do pastor da Igreja de Éfeso, fazia tudo automaticamente, por obrigação, havia perdido os valores do amor, da legria e da caridade.
Perdera até a sensibilidade de alegrar-se com a volta do próprio irmão que havia se perdido e foi achado. Estava dentro de casa, mas em crise. Ainda que o pai insistisse, preferiu não entrar na festa, ficando de fora.
Analisemos que foi o único personagem dessa história que não participou da festa, desperdiçando a oportunidade de saborear o bezerro que ele mesmo havia cevado.Que o Senhor tenha misericórdia de nós, de tal maneira que tenhamos a sensibilidade de corrermos atrás do prejuízo, restaurando os valores perdidos, e não venhamos perder o nosso castiçal como sentenciado ao Pastor da Igreja de Éfeso caso não se arrependesse, nem ficarmos fora da festa como o filho mais velho.
Soli Deo Glória;
Pr. Carlos Roberto, Blog Point Rhema.
Por Ev. Anderson Araujo.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

A Igreja de hoje, Por que ser membro dela?



É maravilhoso ser membro da Igreja de Jesus Cristo! Ele prometeu, durante seu ministério na terra, que edificaria sua Igreja. A Igreja teve seu início miraculoso com a descida poderosa do Espírito Santo e continua crescendo com sua atuação regeneradora. Ninguém faz parte da Igreja de Jesus Cristo sem nascer do Espírito. Ela é um povo exclusivo de Deus, foi escolhida livremente pela sua graça antes da fundação do mundo e existe inteiramente para sua glória e prazer. A palavra “invisível” descreve a Igreja universal. Parece infeliz porque sugere uma idéia platônica, isto é, que a Igreja pode existir sem uma expressão visível. Os Reformadores desenvolveram esta descrição para manter o princípio, contra Roma, de que a Igreja está fundamentada na graça livre de Deus. Foi assim que os apóstolos enxergaram o povo redimido – do império das trevas – e transportado para o Reino do seu Filho amado. Somente Deus sabe quem realmente lhe pertence; portanto, invisível para nós. Para se tornar parte da Igreja, a Bíblia exige confissão pública, normalmente no batismo, e uma fé genuína na ressurreição histórica de Jesus dentre os mortos. Não há garantia de que os que confessaram o nome do Senhor e “creram nEle” foram realmente regenerados. A confirmação da fé salvadora de um membro da Igreja de Jesus Cristo vem através do amor de Deus derramado nos corações dos salvos e a perseverança no caminho.
Declara o autor de Hebreus: “Pois passamos a ser participantes de Cristo, desde que, de fato, nos apeguemos até o fim à confiança que tivemos no princípio” (3.14 – NVI).
A Igreja é um templo, disse Paulo, querendo dizer com isso que Deus habita no meio de sua família na terra, tal como habitava no Santo dos Santos no templo de Salomão. Para Pedro, a Igreja é representada por uma casa espiritual edificada com pedras vivas porque chegaram à Pedra Viva (Jesus). A Igreja é um campo com plantas (pessoas) que têm qualidades que o Espírito desenvolve para demonstrar seu amor: “alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio” (Gl 5.22,23). A Igreja ganhou o título de família de Deus pelo fato de que Ele adotou os membros como filhos. A fraternidade dos “irmãos” da Igreja deve ser uma expressão do relacionamento familiar que une os que gozam do direito de fazer parte dessa nova “raça eleita”. Ela também é um “novo homem” com ambições distintas dos homens da raça de Adão e Eva. Tristemente, não podemos concordar com todas as posturas de todos os líderes humanos que pastoreiam mais de um milhão e meio de igrejas locais no mundo inteiro. Alguns deles ensinam doutrinas antibíblicas e promovem práticas opostas às que Deus propõe para sua Igreja. A infidelidade dos membros não nega a finalidade de Deus em resgatar pecadores das garras satânicas, dando-lhes vida pela graça recebida por fé. Deus “nos escolheu nele antes da fundação do mundo para sermos santos e irrepreensíveis em sua presença” (Ef 1.4). Ortodoxia doutrinária que produz igrejas que apresentam a imagem de Cristo não pode ser definida com absoluta precisão. No entanto, o alvo que Paulo declarou para os colossenses deve ser a ambição principal de todos os que amam ao Senhor Jesus de verdade. “Nós o proclamamos, advertindo e ensinando a cada um com toda a sabedoria, para que apresentemos todo homem perfeito em Cristo” (1.28). Foi o mesmo interesse que Jesus teve logo antes de sua ascensão: “Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a obedecer a tudo que eu lhes ordenei” (Mt 28.19,20).



CONCLUSÃO: As aberrações doutrinárias e desvios nas práticas comprovam a vulnerabilidade da igreja no mundo pós-moderno. Jesus estava consciente do perigo que a igreja correria quando levantou a questão da fé existir ou não na terra quando Ele voltar. Como a igreja de Laodicéia, que não reconhecia sua condição miserável, digna de compaixão, pobre, cega e nua, as igrejas contemporâneas são suscetíveis às tentações mundanas e a viverem longe dos alvos do seu Senhor. Que Deus graciosamente mostre misericórdia para com sua Igreja, enviando líderes e membros comprometidos com as ordens que Ele passou para ela através de seus apóstolos e profetas há mais de dois mil anos.



Nele que é a Graça sustentadora da Igreja;


Fonte: Revista Enfoque - Edição 65 - DEZ / 2006 / Russel Shedd.


Por : Ev. Anderson Araujo.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

O que está acontecendo com a Igreja?


Amado [a] leitor [a], leia este texto com atenção. Por graça e bondade do Eterno, este texto foi publicado no excelente site da Sepal, onde alcançou até o presente momento a marca de + de 1.400 visualizações. Não fique indiferente. Deixe seus comentários.

Introdução
Muitas pessoas buscam saciar sua fome espiritual na igreja, mas não encontram nela o Pão da Vida. Encontram muito do homem, pouco de Deus. Muito ritual, pouco pão espiritual. Muito da terra, pouco do céu. Estamos substituindo o Pão do céu por outro alimento. Os pregadores pregam para agradar, e não para desafiar. Dão palha em vez de trigo ao povo - Jr 23.28. Estão pregando saúde e prosperidade, e não sobre a cruz de Cristo. Pregam-se os direitos dos homens, não a soberania de Deus. Prega-se sobre libertação e não sobre arrependimento e conversão. Prega-se um outro evangelho e não o evangelho da graça.
Neste sentido o que vemos hoje é uma Igreja Católica querendo ser evangélica. Uma igreja protestante sem protestos. Uma igreja que se diz reformada, carente de uma urgente reforma. Umas igrejas evangélicas, distanciadas do verdadeiro Evangelho. Uma igreja carismática, com muito carisma e pouco caráter. A igreja gloriosa precisa de santos nos púlpitos e nos bancos. Não de santos beatificados e canonizados depois de mortos, mas de santos vivos, audíveis, visíveis, palpáveis, nos seminários, nas ruas, nas faculdades, no trabalho, na família - exalando o aroma de Cristo! Aleluia! Afinal, você deve estar se perguntado: "O que está acontecendo com esta igreja gloriosa que Paulo falou em Efésios 5.27 ?

A graça transformada em libertinagem.

É Judas, servo de Jesus Cristo e irmão de Tiago, põe a boca no trombone. Leia o versículo 4. Estão torcendo a mensagem da graça de Deus a fim de arranjarem uma desculpa para sua vida imoral. E o pior disso é que isto está acontecendo dentro de muitas igrejas. Leia o versículo 12. Estes intrusos estão adulterando a graça de Deus. Há uma distância enorme entre a graça de Deus e a libertinagem. Graça é a manifestação maior da misericórdia, da compaixão da paciência de Deus. Graça é o próprio Deus agindo graciosamente para conosco. Enquanto a libertinagem é totalmente oposta a isso.

O culto transformado em show.

Não é apenas a mídia que está usando a palavra show para se referir a alguns cultos. Nós mesmos usamos esse termo em nosso meio. Ora, as palavras show e culto não combinam. O dicionário Aurélio define show como espetáculo de teatro, rádio, TV, com grande montagem - que se destina a diversão - atuação de vários artistas de larga popularidade. Culto: adoração/ homenagem à divindade em qualquer forma (religião). A igreja existe não para oferecer entretenimento, melhora de auto-estima, mas sim para adorar a Deus. Se falharmos nisso, a igreja fracassa. Perceba o paradoxo: Convide os jovens de nossas igrejas a um show de música gospel e depois os convide a um congresso de Missões. Veja a diferença de comparecimento em cada lugar.
O tempo destinado à exposição da Palavra em nossas igrejas, está cada vez menor. Há uma cantoria tremenda! Assim como há pão light, geléia light, comidas light, temos hoje também os cultos lights: leve, ligeiro, alegre e jocoso!

Dízimos transformados em dividendos.

A idéia que o dízimo/oferta abrem as comportas do céu, e deixam derramar tanta prosperidade que você não terá onde guardar está tão generalizada que parece não haver saída para este câncer que se instalou na mente dos evangélicos. Há pessoas que dão tudo o que tem na esperança de melhorarem sua vida, de serem bem-sucedidos em seus negócios. Foi, é esta malfadada teologia da prosperidade que criou esta mentalidade mercantilista do dízimo.
Escutem amados: Precisamos mais da prosperidade da Teologia, do que a teologia da prosperidade! Dão não como a viúva que ofertou 2 leptos, pequenas moedas de cobre quase sem valor - uma oferta altruísta, sacrificial. Mas dão para escaparem da falência, de uma doença terminal, de uma separação conjugal. Esta capacidade maligna de transformar a arte de dar em receber está profanando e tornando antipática a palavra dízimo, de origem santa. Isto é totalmente contra o princípio de Jesus ensinou conforme Atos 20.35. O dízimo transformado em dividendos (parte dos lucros líquidos que cabe ao acionista de uma empresa mercantil) inverte os papéis e supervaloriza a obra, em detrimento da graça. Desse modo, Deus assume o papel de devedor e o homem assume o de credor.

Milagres transformados em marketing.

Não há quem precise e não busque a face de Deus para obter livramento frente as difíceis situações da vida: enfermidades, desemprego, morte etc. Devemos buscar a Deus nesses momentos, isso é correto. Agora o que acontece: nós tentamos enquadrar nossas necessidades na lei do mercado. Se há procura, deve haver oferta. Se há problemas difíceis demais, triste demais, complexo demais, então, devem-se ter milagres também.
Então, monta-se uma banca, ou um estande de milagres. O nome de Deus é usado inescrupulosamente. Os milagres não são feitos ao pé do ouvido (como Jesus) sem alarde, sem tocar trombeta: mas de forma sensacional; quanto mais público for, melhor será. Se a igreja não fazia milagres, agora ela tem que fazer, pois caso o contrário perderá seus fiéis e pára de crescer, como a outra está crescendo. Novamente a uma inversão de valores aqui: quando Jesus, o Messias curava, sempre procurava esconder das multidões os prodígios que ele operava. Ele dizia: não conte a ninguém. Então há aqui, uma inversão bíblica, pois enquanto Jesus disse: "Estes sinais acompanharão os que crêem”. Hoje estamos dizendo: os que crêem seguiram estes sinais.

A força moral transformada em força numérica.

A famosa declaração de Jesus em Mt 5.13 de que somos o "sal da terra" mostra o valor da força moral, e não o da força numérica. Por causa da ênfase demasiada nos números, transformamos a conversão em adesão, que são acontecimentos totalmente diferentes, quando se trata da salvação e da vida eterna. Jesus, o Pão da Vida, nunca se empolgou com as multidões que o seguiam! Na verdade ele discernia os corações, e sabia que muitos estavam ali, não por seu ensino e doutrina, mas sim pelos milagres que ele realizava.
Você nunca verá um pregador em uma tribuna dizer: Amados, preguei num Congresso que tinha 20 pessoas. Não! Nunca! Como se Deus estivesse apenas nos grandes ajuntamentos. Quando as multidões quiseram fazer dele um rei, ele se afastou e foi para o monte ( Jo 6.15).Que contraste de nossos pregadores. Que amam mais a glória dos homens do que a glória de Deus! Que o Eterno tenha misericórdia de nós, pois queremos ser a igreja gloriosa, sem mácula e irrepreensível. Amém!
Direitos reservados ao meu amigo Pr. Marcello Oliveira.
Em Cristo;
Ev. Anderson Araujo.